terça-feira, 24 de julho de 2012

TAQUICARDIA





Chegou cheio de marra,
fazendo arruaça,
bagunçou meu coreto.

Cheirou meu pescoço com gula,
o perfume que usava
era do seu apreço.

Senti-me uma porta-bandeira
sendo cortejada
sem qualquer adereço.

Voltou e se apossou,
sequer perguntou
se ainda era seu:
um coração taquicárdico,
em plena avenida,
de tudo esqueceu.

De novo, seu beijo molhado,
despudorado,
me ofereceu.
E eu, sem planos futuros,
entrego-me ao absurdo
dos carinhos teus.

©rosangelaSgoldoni
13 03 2011
RL T 2 844 792

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